
Seja ou não um jogador assíduo, é provável que você já tenha embaralhado algumas cartas pelo menos uma ou duas vezes na vida. Afinal, o baralho é um dos passatempos mais comuns no mundo todo!
As 52 cartas, 4 naipes, 2 coringas – escondem fatos históricos inusitados. Trazemos 7 deles hoje, além de um rápido bate-papo sobre arte e inspirações com os responsáveis pela Carta 7 da nossa 13ª edição. Confira:
7 fatos curiosos sobre o jogo de cartas
1. Ossos, placas de marfim, madeira, mármore já foram utilizados como material em cartas
Ossos, placas de marfim, madeira, mármore e outras superfícies – já foram utilizados como material para a fabricação das cartas, antes do papel se tornar o meio padrão.
2. Na Europa, no século 14, o baralho era considerado um item de luxo
Nos primeiros anos após a chegada do baralho na Europa, as cartas eram ilustradas à mão e consideradas item de luxo, já que apenas a aristocracia podia pagar. Foi somente no início do século 15, quando os alemães dominaram a tipografia, que o baralho se tornou popular entre outras classes.
3. Nenhuma figura feminina ilustrava os 1ºs baralhos
Entre eles, nenhuma mulher. Até o século 15, apenas o rei e dois vice-reis eram estampados nas cartas de baralho. Os franceses foram os primeiros a incluir a rainha, para representar a figura feminina.
4. Pouca gente sabe, mas existem personalidades da história por trás das figuras que estão nas cartas
Os reis, rainhas e valetes de cada naipe são inspirados em pessoas de verdade e foram criados como uma forma de homenagem. Podemos citar como exemplo o Rei de Paus, inspirado em Alexandre, o Grande; e a Rainha de Espadas, inspirada na deusa grega Atena.
5. Como e quando o baralho chegou ao Brasil?
O baralho chegou no Brasil por meio das navegações. Marinheiros jogavam cartas nos intervalos tranquilos de suas viagens cruzando o Atlântico. Em 1769, criou-se a Real Fábrica de Cartas de Jogar em Lisboa. Foi estabelecido então o preço de 150 réis por cada baralho enviado para o Brasil.
6. O Coringa foi inventado no século 19 pelos americanos
O “Joker” foi usado pela 1ª vez pelos americanos como uma carta que vencia todos as outras no jogo Euchare, no ano de 1850, Estados Unidos. Em 1863, o curinga começou a aparecer mais nos jogos. Outras vertentes acreditam que ele possa ter se originado da Itália, inspirado no “louco”, carta de tarot – sem naipe ou número. De qualquer forma, é usado com sucesso até hoje.
7. É mais fácil ganhar na Megasena do que embaralhar as cartas na mesma sequência duas vezes
Parece loucura? O baralho tem 52 cartas, a 1ª carta tem 52 chances de ocupar a 1ª posição, mas a próxima tem 51, a terceira, 50 e assim por diante. Multiplicando as possibilidades de cada uma das 52 posições (52 x 51 x 50 x 49 x 48…), ou 52 fatorial, o resultado dá cerca de 8,065817517094 x 1067 combinações. Já as chances de alguém ganhar sozinho na Mega Sena é de 1 em 50 milhões.
CARTA 7 – INSPIRAÇÕES 13ª EDIÇÃO / PROJETO 54
O Projeto 54 traz uma variedade infinita de estilos e artes. Além disso, cada carta foi criada por um dos +700 artistas diferentes. Por aqui, já rolou entrevista sobre a identidade visual da 13ª edição, Ases, Carta 2, Carta 3, Carta 4, Carta 5 e Carta 6.
Agora, é hora de conhecermos os responsáveis pelo 7: CaiOshima, Viqueart, Pedro Pessanha e Carol Ito.

CAIOSHIMA
De um lado, o mundo da ginga; do outro, o equilíbrio. De família metade pernambucana, metade japonesa, o artista visual e psicólogo Caio Oshima nasceu e cresceu nas duas culturas. Entre hábitos completamente diferentes, ele encontrou uma semelhança: a valorização, devoção e sobretudo as menções – à ancestralidade.
Em seus trabalhos, Caio gosta de interpretar o passado, o presente e o futuro – como se fossem uma linha só, um círculo que roda, se transforma e se reencontra, tema que também fez parte da ilustração criada para a El Cabriton. Caio uniu elementos do passado, presente e futuro, por acreditar que tudo está interligado.
Para ele, a arte é um jeito de se comunicar. Um artista porém, traz para o seu discurso uma ferramenta extra: o desenho, a música, a dança. “Um discurso artístico ultrapassa a linguagem. Muitas vezes faltam palavras, mas a imagem vem; o corpo dança; o som se espalha. A arte é um jeito de se comunicar, de transmitir algo a alguém, de chegar a lugares onde a fala não chega“.
O artista ainda acredita que espaços que abrem as portas como a El Cabriton, ajudam a fortalecer demais o trabalho de todos.
“E é nisso que a gente vai se fortalecendo. Ao expor os nossos trabalhos através dos flashes de camisetas, do convite para ilustrar uma carta de baralho, do encontro com outros artistas que a El Cabriton proporciona. Juntos, vemos que não estamos sozinhos, que conseguimos até pensar em estratégias para furar esse lugar que dificulta o acesso a cultura e a transmissão dela também”.

Para ele, ser artista no Brasil é ser guerreiro, ainda mais quando não valorizam o assunto.
“Ser artista se torna resistência, é passar por vários obstáculos”.
Caio Oshima
VIQUEART
As ilustrações autorais de Vique unem desenho e escrita para retratar poeticamente o feminino. Para ela, o processo da criação de sua carta, 7 de Copas, foi bastante interessante.
A artista sempre teve muita vontade de fazer algo relacionado à jogos e baralho, e quando foi chamada para o Projeto 54 da El Cabriton, já tinha uma ideia do que queria representar.

Vique se inspirou no naipe da carta (7 de Copas) e uniu a simbologia do coração ao seu estilo de retrato feminino. “Fiz os sete corações saindo do peito para simbolizar tanto o número, quanto os sentimentos transbordando”, completa.

Para ela, o Projeto 54 é uma maneira bem legal de conhecer artistas novos, uma variedade de estilos, técnicas e referências. “Acho que isso ajuda muito o nosso trabalho de ilustração, para descobrir novos artistas e novos jeitos de ilustrar”, finaliza.
PEDRO PESSANHA
Artista, ilustrador e pesquisador carioca, quando menor, Pedro Pessanha teve bastante contato com capas de vinis e quadrinhos. Se formou em Arte, e através dela, tenta enxergar como os meios podem conversar com o visual e contribuir para construções narrativas únicas. Em sua prática artística desenvolve instalações, poemas-objeto, além de ilustração e quadrinhos.
Além disso, trabalha também com tatuagem, com a contínua indagação de como atualizar e trazer para a pele os desenhos clássicos. Escurecer a imageria cristã é um desses caminhos, na contramão do embranquecimento promovido pela igreja católica ao longo dos séculos.

Para Pedro, a arte é pesquisa e caminho, um campo para criar tensões e deixar elas proporem novas perguntas.
CAROL ITO
Leitora de quadrinhos na infância e adolescência, no terceiro ano da faculdade, Carol Ito acabou se aproximando das graphic novels. Ao se familiarizar com a linguagem, criou um blog em 2014, o Salsicha em Conserva, para publicar os cartoons e tirinhas que fazia para aliviar as próprias angústias em relação ao mundo.
Nessa época do blog, já tinha lido Joe Sacco e ficou encantada. Viu que poderia unir as duas coisas que mais curtia fazer, jornalismo e quadrinhos, e logo começou a se aprofundar em outras obras e autores.

Em seu trabalho, Carol traz tiras de humor e temas que costumam abordar comportamento, sexualidade feminina, direitos humanos, política, gênero, corpo, saúde mental, poesia, entre outros.
Ela, que já publicou seus quadrinhos na Agência Pública, Revista Trip, Revista Tpm, venceu este ano, o Prêmio Vladimir Herzog 2022, categoria Arte, com a reportagem “Três Mulheres da Craco” – publicada pela Revista Piauí.

Para ela, os quadrinhos nos dão a possibilidade de brincar com metáforas visuais; a poesia se infiltra nessas brechas.
Carol Ito
“O meu respiro poético da vida é o quadrinho, foi o que encontrei que melhor canaliza o que eu estou sentindo.”
PROJETO 54 – 13ª EDIÇÃO
A El Cabriton tem como ideal um mundo com mais arte. A 13ª edição do Projeto 54 tem tiragem única e limitada, além disso, foi impressa pela COPAG, maior fabricante de baralhos do Brasil, o que garante qualidade e jogabilidade. GARANTA O SEU!
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